A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8% no trimestre de abril a junho de 2025, o menor nível desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE e mostram queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,0%) e de 1,1 p.p. na comparação anual (6,9%).
O país registrou cerca de 6,3 milhões de pessoas desocupadas, 1,3 milhão a menos que entre janeiro e março. Na comparação anual, a redução foi de 1,1 milhão de pessoas. A população ocupada chegou a 102,3 milhões, alta de 1,8% em relação ao trimestre anterior e de 2,4% na comparação com 2024. O nível de ocupação atingiu 58,8%, repetindo o recorde alcançado no fim de 2024.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE, o aumento expressivo da população ocupada foi determinante para os novos recordes, especialmente na queda do desemprego.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho — que inclui desocupados, subocupados e pessoas na força de trabalho potencial — caiu para 14,4%, frente a 15,9% no trimestre anterior.
A informalidade atingiu 37,8% da população ocupada, o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores, sendo a segunda menor da série histórica. O recuo ocorreu mesmo com o aumento de 2,6% no número de trabalhadores sem carteira (13,5 milhões) e crescimento de 3,8% dos que atuam por conta própria com CNPJ.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, o maior já registrado, com alta de 0,9% no trimestre e 3,7% na comparação anual.
O IBGE também atualizou a série histórica da PNAD Contínua, com base nas novas projeções populacionais ajustadas pelo Censo 2022, detalhadas na Nota Técnica 02/2025.