O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (11) que a instituição pretende regulamentar, em setembro, o uso do Pix para parcelamento de compras. Hoje, algumas instituições já oferecem a modalidade, mas não existe norma nacional que estabeleça parâmetros.
Segundo Galípolo, a medida pode beneficiar cerca de 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito, oferecendo a possibilidade de dividir pagamentos com tarifas menores e mais competição no mercado. “O objetivo é ampliar as alternativas, não restringir”, destacou durante evento da Associação Comercial de São Paulo.
Pesquisa do Google divulgada em julho aponta que 22% dos entrevistados já utilizaram o Pix parcelado, atraídos principalmente pela vantagem de não comprometer o limite do cartão. A modalidade envolve cobrança de juros pela instituição financeira.
O presidente do BC alertou que novas funções aumentam os custos de manutenção do sistema, que já consome quase 50% do orçamento de tecnologia do órgão, contra menos de 30% antes da criação do Pix.
Ele também defendeu a aprovação da PEC 65, que tramita no Senado e prevê transformar o BC em empresa pública com autonomia política e orçamentária, para garantir a continuidade e evolução do sistema de pagamentos.