Um novo relatório científico divulgado nesta terça-feira (14), reacendeu o debate sobre o 3I/ATLAS, um objeto interestelar descoberto pela NASA que pode ser muito maior do que as estimativas anteriores — e que alguns pesquisadores acreditam até poder conter tecnologia de origem não terrestre.
O estudo, divulgado na última semana e repercutido pelo jornal New York Post, aponta que o 3I/ATLAS teria dimensões comparáveis ao tamanho de Manhattan, em Nova Iorque. A análise foi conduzida pelo astrofísico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, conhecido por estudar anomalias espaciais.
De acordo com o relatório, o núcleo sólido do corpo celeste teria um diâmetro superior a 3,1 milhas (cerca de 5 km), superando em até cinco ordens de magnitude os objetos interestelares já conhecidos, como o ʻOumuamua (2017) e o 2I/Borisov (2019).
O 3I/ATLAS foi identificado pela NASA e vem sendo monitorado por sondas da Agência Espacial Europeia (ESA), que recentemente captaram as imagens mais próximas já obtidas do objeto enquanto ele atravessa o Sistema Solar.
Apesar do tamanho e da trajetória incomum, o ATLAS não oferece risco à Terra. Segundo os cálculos, ele deve passar a 2,78 milhões de quilômetros da órbita de Marte, em um percurso que também o aproximará de Júpiter e Vênus.
Loeb e sua equipe sugerem que certas características observadas — como o movimento e o formato — poderiam indicar origem artificial. Mas a hipótese é amplamente contestada por outros especialistas.
Para o cientista AKM Eahsanul Haque, do Instituto SETI, o 3I/ATLAS é um objeto natural, possivelmente um fragmento de um planeta antigo ejetado de outro sistema estelar.
Segundo ele, o comportamento e a velocidade do corpo (58 km/s) podem ser explicados pela física gravitacional, sem necessidade de recorrer a teorias sobre civilizações alienígenas. Haque lembra ainda que trajetórias hiperbólicas são típicas de objetos que escapam da atração de suas estrelas de origem.
Além disso, o espectro de luz observado é semelhante ao de asteroides do tipo D e ao do cometa 2I/Borisov, reforçando a hipótese de origem natural.