Erro ao buscar informações.
Times

Transmissões -

Três mulheres morrem após canoa afundar em Monção
Cidades

Comunidades tradicionais do Parque Estadual de Mirador ganharão reconhecimento

Comunidades tradicionais do Parque Estadual de Mirador ganharão reconhecimento
Publicado por Humberto Fernandes | Data da Publicação 01/02/2025 08:47 | Comentários: (0)

Facebook WhatsApp Twitter Telegram

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Nacionais (Sema), por meio da Superintendência de Biodiversidade e Áreas Protegidas, realizou entre os dias 15 e 26 de janeiro mais uma etapa do processo de reconhecimento das comunidades tradicionais do Parque Estadual de Mirador.

O estudo aconteceu em todas as regiões do parque com a realização de 24 reuniões comunitárias. O principal objetivo foi descrever a realidade socioeconômica das comunidades e possibilitar um maior conhecimento das famílias que moram na unidade de conservação, identificando aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais.

“A realização do levantamento socioeconômico foi um momento fundamental de conhecimento sobre o modo de vida e sobre a história das comunidades do parque, representando uma maior aproximação com a Sema. Essa interação tem sido muito importante como um elo de credibilidade e de confiança, que será fundamental para a construção conjunta do termo de compromisso, buscando a compatibilização dos usos das comunidades tradicionais e a conservação do Parque de Mirador”, ressaltou a superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Sema, Laís Morais Rêgo.

O resultado do trabalho será a inclusão de todas as comunidades tradicionais no Cadastro Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão (CECT).

O levantamento também subsidiará a elaboração do termo de compromisso a ser firmado entre a Sema e as comunidades, de modo a compatibilizar o modo de vida das populações tradicionais, a permanência na terra e a necessidade de conservação ambiental.

Dona Benta, moradora do Povoado Alpercatinha, na região do Posto dos Mosquitos, aprovou a iniciativa. “A reunião foi importante porque estão correndo ao nosso lado, todos estão dizendo que gostaram, eu estou satisfeita, porque se não fosse a Sema não estávamos dentro da área de terra e nós amamos esse lugar. Se não fosse a Sema quem tivesse como comprar uma casinha na rua ia, mas quem não tivesse, só Deus na causa ia dizer como ia ficar”, destacou.

O reconhecimento é uma ação conjunta entre a Sema e a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), com o apoio da consultoria Saberes.

Para Márcio Ranauro, coordenador da Saberes, a caracterização das populações tradicionais tem dois objetivos centrais. “O primeiro é o reconhecimento da relação das comunidades com o território, sua ancestralidade e suas formas de convívio com a natureza, o que por si só já é um indicador de equilíbrio com a biodiversidade, conservada há gerações; o segundo tem a ver com a gestão do próprio parque, que uma vez reconhecendo as comunidades e seu saber sobre a natureza pode iniciar um processo de dupla proteção, estabelecendo termos de compromisso para que elas possam garantir sua subsistência ao mesmo tempo que apoiam a fiscalização, o combate ao fogo e os cuidados com a unidade”, explicou.

A ação integra as atividades do programa Copaíbas, financiado pela Iniciativa Internacional da Noruega para o Clima e Florestas (NICFI), por meio do Ministério das Relações Exteriores da Noruega, e gerido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).


Deixe seu comentário em nossas publicações e compartilhe nas redes sociais. A Central de Notícias Brasil agradece sua colaboração com a notícia verdade

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.