A Justiça do Maranhão exigiu explicações da prefeita Flavinha Cunha (PL), do município de Zé Doca, pela troca do Carnaval por um festival gospel na cidade, com custo de mais de R$ 600 mil em cachês.
O juiz Marcelo Moraes Rêgo de Souza, titular da 1ª vara, deu prazo de 72 horas para ela se explicar.
A decisão decorre de uma ação popular protocolada na Justiça.
O anúncio do “Carnaval gospel” foi feito no dia 19 de janeiro, em um vídeo publicado nas redes sociais de Flavinha ao lado do deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL).
Na gravação, eles afirmam que a mudança é uma “inovação para agradar toda a população”.
O Ministério Público do Maranhão, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Zé Doca, instaurou, na última segunda-feira (03) uma Notícia de Fato para apurar o caso.
O promotor de justiça Frederico Bianchini Joviano dos Santos requisitou informações ao secretário municipal de Cultura sobre a realização do evento. Foram solicitadas informações sobre o local, data e programação do “Zé Doca com Cristo” e o detalhamento sobre os valores a serem gastos com a festividade.
O festival gospel está previsto para acontecer entre 1° e 4 de março, durante o período reservado às festas do Carnaval, contará com cinco atrações e terá um custo estimado em mais de R$ 600 mil em cachês. Entre os artistas contratados, a cantora Maria Marçal receberá R$ 210 mil para se apresentar no dia 1º de março. Já a banda Morada, que subirá ao palco no dia 2 de março, terá um cachê de R$ 170 mil. Outros nomes confirmados são Gerson Rufino (R$ 90 mil), Kleber Nascimento (R$ 60 mil) e o grupo infantil 3 Palavrinhas (R$ 75 mil).