A empresa, que tem uma parceria com a Foxconn em Jundiaí (SP), que já monta modelos do iPhone 13, 14, 15 e, recentemente, recebeu autorização da Anatel para fabricar o iPhone 16 no Brasil. A possibilidade de ampliar a fabricação no país começou a ser estudada no ano passado, visando usar o Brasil como ponto de montagem para exportar ao mercado americano, onde as tarifas são menores do que as aplicadas à China e Índia.
A decisão de Trump tem impactos significativos na indústria de smartphones. Países asiáticos, que concentram grande parte da produção mundial de smartphones e componentes eletrônicos, enfrentam tarifas ainda mais altas. Por exemplo, a China, Taiwan, Vietnã e Índia enfrentam tarifas de 54%, 34%, 46% e 26%, respectivamente. Em contraste, o Brasil foi incluído no grupo com a menor tarifa, de 10%, o que torna o país atraente para a companhia.
Segundo especialistas da área econômica, a dependência de componentes importados, especialmente da Ásia, pode elevar os custos de produção. produtos que passam por Miami, por exemplo, ficarão mais caros devido às novas tarifas americanas. Eles apontam ainda que, embora o mercado interno brasileiro ainda seja o principal foco dessas empresas, a escala de produção na Ásia é significativamente maior, o que dificulta a transferência completa da fabricação para o Brasil.