Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal registraram redução no desmatamento em 2024, em comparação com anos anteriores. No entanto, os incêndios florestais avançaram de forma significativa na Amazônia.
Na Amazônia Legal, foram desmatados 6.288 km² no acumulado do ano — a menor área em nove anos e 30,6% abaixo do registrado em 2023 (9.064 km²). Em fevereiro, o sistema Deter identificou o menor índice mensal da série histórica. A queda também foi confirmada pelo Imazon, que apontou redução de 63% no desmatamento entre janeiro e fevereiro, o menor nível para esse período em seis anos.
Apesar do avanço na preservação, os incêndios voltaram a crescer. No período de 2024/25, 44.086 km² de floresta foram atingidos pelo fogo, o maior número desde 2015/16. O total é 2.622% maior que o registrado em 2023/24 (16.805 km²).
O Cerrado teve 8.174 km² desmatados, volume 25,7% menor que em 2023 (11.002 km²) e o mais baixo desde 2021. Contudo, os alertas de abril indicam que o ritmo de derrubadas pode ter voltado a acelerar.
No Pantanal, o desmatamento caiu 75% entre agosto de 2024 e abril de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em abril, a área desmatada foi de 10,85 km² — queda de 77% frente ao ano passado. Nenhuma queimada foi registrada no bioma no último mês, enquanto abril de 2024 contabilizou 90,5 km² atingidos pelo fogo.