A paralisação, iniciada em 26 de novembro de 2024, tem afetado a entrada e saída de mercadorias do país, a arrecadação de tributos e o funcionamento de órgãos como o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), responsável por julgar recursos sobre autuações tributárias e aduaneiras.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) alerta para possíveis atrasos nas restituições do Imposto de Renda (IR) deste ano, caso a greve se prolongue. A declaração pré-preenchida do IR, que normalmente é disponibilizada em março, só foi liberada em 1º de abril, devido à paralisação.
A greve também tem gerado prejuízos significativos para a economia, com estimativas de perda de arrecadação de tributos superiores a R$ 15 milhões. A paralisação dos auditores fiscais tem provocado atrasos no desembaraço aduaneiro, aumentando os custos e gerando bottlenecks logísticos para empresas importadoras e exportadoras.
O Ministério da Fazenda e a Receita Federal têm enfrentado dificuldades para negociar com os auditores, que reivindicam reajustes salariais e melhores condições de trabalho. A situação tem se agravado com a adoção de medidas como a operação “desembaraço zero”, que suspendeu completamente o desembaraço aduaneiro por 15 dias, intensificando os impactos negativos para o comércio exterior.