O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em março de 2025, em comparação com o mês anterior, quando o índice havia saltado para 1,31%. Este é o maior valor para um mês de março desde 2003, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11).
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA registrou um aumento de 5,48%. A leitura superou levemente as projeções de economistas, que previam uma alta mensal de 0,53% e anual de 5,45%.
A aceleração dos preços foi impulsionada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que passou de 0,70% em fevereiro para 1,17% em março. Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio registrou uma alta de 1,31%. Os principais aumentos foram observados nos preços do tomate (22,55%), ovo de galinha (13,13%) e café moído (8,14%). Em contrapartida, houve quedas nos preços do óleo de soja (1,99%), arroz (1,81%) e carnes (1,60%).
A alimentação fora do domicílio também acelerou, passando de 0,47% em fevereiro para 0,77% em março. Os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) apresentaram variações maiores do que no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente). O lanche, no entanto, desacelerou, passando de 0,66% em fevereiro para 0,63% em março.
Apesar da desaceleração em março, a inflação continua acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Para conter a alta dos preços, o Banco Central vem elevando a taxa Selic desde setembro de 2024.