Um levantamento divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quarta-feira (9) revelou um aumento de 12% nas matrículas do ensino médio integral nas escolas públicas brasileiras em comparação com 2023. Esse crescimento representa a inclusão de 163 mil novos estudantes nessa modalidade, que oferece uma jornada ampliada de até nove horas e meia por dia.
No momento, o Brasil conta com 6,7 milhões de estudantes inscritos no ensino médio das escolas públicas, dos quais 23,1% frequentam em tempo integral. Mas esse percentual ainda não alcança a meta nacional de 25%. Quando se analisa toda a educação básica, 21,1% dos alunos da rede pública estão em jornadas prolongadas.
Embora a tendência geral seja positiva, o Estado de São Paulo, o mais populoso do país, registrou uma queda de 2% nas matrículas do ensino médio integral na rede pública, com uma redução de 7 mil estudantes em relação ao ano anterior. Outros estados que tamb apresentaram queda foram Mato Grosso do Sul (1%), Rondônia (10%) e Roraima (15%).
Por outro lado, as regiões do Nordeste seguem à frente na ampliação da educação integral. O Ceará, por sua vez, apresentou um dos mais significativos crescimentos no número de inscritos nesse formato.
Segundo especialistas a educação integral, além de estender o tempo que o aluno fica na escola, costuma proporcionar uma abordagem pedagógica mais diversificada e abrangente.
Outro dado importante do Censo Escolar 2024 é a quantidade sem precedentes de professores: existem 2.367.777 educadores trabalhando nas redes pública e privada do Brasil, em comparação com 2.354.194 registrados no ano anterior.
A proporção de alunos por professor também melhorou. Em média, há um professor para cada 19,9 alunos no país — um progresso significativo em relação a 2007, quando a taxa era de 28 estudantes para cada docente.