Uma pesquisa recente chamada “Transição entre a predominância da mortalidade por câncer e doenças cardiovasculares” revela que o câncer está se tornando a principal causa de morte em território brasileiro, superando as taxas provenientes de problemas cardiovasculares, que sempre tiveram um aumento constante de óbitos. O estudo indica que, em 15 estados, o número de óbitos devido a diferentes tipos de câncer aumentou.
O relatório também identifica os cinco cânceres mais frequentes no Brasil, que são:
Câncer de pulmão: o tabagismo é o principal fator que contribui para o surgimento deste tipo de câncer, incluindo o uso de cigarros eletrônicos, que aparentam ser inofensivos, mas contêm altos níveis de nicotina, um grande vilão relacionado à formação de células cancerígenas. Um fumante possui 30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão em comparação a uma pessoa que não fuma.
Câncer de mama: em sua maioria, a doença ocorre em mulheres com idade acima de 50 anos, especialmente após a menopausa. Outros fatores que contribuem incluem menstruação precoce antes dos 12 anos, uso de anticoncepcionais orais e terapia hormonal na menopausa sem supervisão médica, além de ter a primeira gravidez após os 30 anos ou a ausência de amamentação.
Câncer de próstata: a idade é um elemento crucial de risco, já que tanto a taxa de incidência quanto a taxa de mortalidade aumentam consideravelmente após os 60 anos. No entanto, um histórico familiar de câncer de próstata e a obesidade estão também relacionados a uma maior taxa de incidência. A etnia é ainda mais um fator de risco vinculado a esta doença.
Câncer colorretal: a redução dos fatores de risco está ligada à adoção de hábitos de vida mais saudáveis, com um aumento notável no consumo de álcool, mas pouco se fala sobre a relevância da investigação genética. Compreender a linha hereditária do paciente é vital para diagnósticos antecipados e, assim, para a aplicação de tratamentos mais precisos, considerando que 20% de todos os cânceres colorretais estão relacionados a fatores genéticos.
Câncer de pele não melanoma: os cânceres de pele são, em grande parte, causados pela exposição prolongada à radiação ultravioleta do sol, que causa danos acumulativos na pele e no DNA das células. Por isso, indivíduos com mais de 60 anos que se expuseram muito ao sol ao longo da vida correm um risco maior de desenvolver a doença.
Conforme os especialistas, a forma mais eficaz de prevenir o câncer é realizar os exames de rotina recomendados pelos profissionais da saúde. A identificação precoce é o principal caminho rumo à cura. Além disso, investir em uma vida saudável pode ajudar a retardar o início da doença e resultar em tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais.