Os trabalhadores da Petrobras iniciaram uma greve de 24 horas nesta quarta-feira (26), em protesto contra mudanças no regime de teletrabalho e outras reivindicações trabalhistas. A paralisação foi aprovada em assembleias e conta com o apoio da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão:
Defesa do Teletrabalho: Os funcionários exigem a manutenção do regime atual de teletrabalho, que prevê dois dias presenciais por semana. A Petrobras planeja aumentar para três dias presenciais a partir de 7 de abril, sem acordo com os sindicatos.
Remuneração Variável: Os petroleiros se opõem à redução da remuneração variável, que a empresa pretende diminuir em 31% em 2025, enquanto 207% dos lucros são repassados aos acionistas.
Recomposição dos Efetivos: A greve também visa a recomposição dos quadros de funcionários da Petrobras, que tem enfrentado uma redução significativa nos últimos anos.
Segurança no Trabalho: Os trabalhadores demandam a garantia de segurança em todo o Sistema Petrobras, incluindo as prestadoras de serviço e durante o período de manutenção.
Fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) na Petros: Os petroleiros pedem o fim dos descontos abusivos no contracheque dos ativos, aposentados e pensionistas .
Plano de Cargos e Salários: A criação de um plano único e melhorado para o crescimento de cargos, carreira e salário é outra reivindicação importante.
De acordo com Petrobras, a estatal respeita o direito de manifestação dos funcionários e afirma que tem mantido um diálogo aberto com as entidades sindicais. A empresa justifica o aumento do trabalho presencial como uma necessidade para atender aos desafios estratégicos e melhorar a integração das equipes. A estatal também informou que possui equipes de contingência para minimizar os impactos da greve nas operações e que não há impacto na produção de petróleo e derivados da companhia.