A Polícia Federal (PF) acusou quatro ex-diretores e coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de tentarem obstruir o deslocamento de eleitores do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições de 2022.
Os acusados são:
- Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência e ex-Superintendente da PRF no Rio Grande do Sul;
- Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;
- Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações;
- Adiel Pereira Alcantara;
- Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O inquérito da PF revelou fortes indícios de que esses indivíduos cometeram os seguintes crimes: desobediência, prevaricação (quando um agente público age ou se omite em desrespeito à lei), restrição ao direito de voto e omissão em tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
O processo de acusação foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2024, mas só foi divulgado nesta quarta-feira (22).
Anteriormente, a PF já havia acusado o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça. Todos foram acusados de tentar impedir o deslocamento de eleitores na região Nordeste até os locais de votação.