O Supremo Tribunal Federal (STF) e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) irão discutir nesta sexta-feira (21), um plano de segurança para os dias do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados. O julgamento, que trata de uma suposta trama golpista para anular as eleições de 2022, ocorrerá em três sessões: às 9h30 e às 14h da próxima terça-feira (25 ) e na manhã de quarta-feira (26), conforme decisão do ministro Cristiano Zanin.
O STF solicitou à SSP-DF um esquema de segurança robusto, com reforço na presença de policiais militares na Praça dos Três Poderes, especialmente na sede do Supremo. Essa medida foi tomada após ameaças e xingamentos recebidos nos canais de comunicação da Corte. O plano de segurança, visa estabelecer diretrizes para a atuação conjunta dos órgãos envolvidos.
Embora a possibilidade de fechamento da Esplanada dos Ministérios nos dias do julgamento seja remota, mais gradis serão instalados no entorno do Supremo para garantir a segurança. A avaliação é de que, apesar da complexidade do tema, não há justificativa para medidas que impactem significativamente o trânsito, já que a mobilização de manifestantes não deve ser em massa.
O aumento das ameaças ao STF ocorreu após a definição das datas do julgamento, o que levou à necessidade de reforçar a segurança na região. O STF julgará a denúncia contra o chamado núcleo 1 da denúncia da PGR, que inclui Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto.
A execução do plano de operações ficará a cargo do Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), responsável pela distribuição do efetivo necessário para a segurança dos Três Poderes