O uso da grama sintética será tema de discussão no próximo Conselho Técnico de Clubes da CBF, marcado para a próxima quarta-feira, na sede da entidade, 17 dias antes do início do Campeonato Brasileiro. O debate ganhou destaque após protestos de jogadores, incluindo Neymar, que se manifestaram contra o uso de gramados artificiais, alegando riscos à integridade física.
A CBF está preparando um estudo para apresentar durante o conselho, com o objetivo de fornecer informações científicas que alimentem o debate. No entanto, a entidade não irá participar das tomadas de decisão, e qualquer mudança não afetará a temporada 2025.
— Acredito que esse debate será realizado. O presidente da comissão médica da CBF, Dr. Jorge Pagura, está concluindo um estudo, ouvindo vários médicos e incluindo informações científicas sobre os possíveis riscos para os atletas — revelou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
A discussão sobre gramados sintéticos é comum no futebol mundial. Culturalmente, muitos jogadores preferem não atuar em superfícies artificiais. Grandes estrelas, como Lionel Messi, têm cláusulas contratuais que os isentam de jogar em gramados sintéticos.
A Fifa não utiliza campos de grama sintética em suas competições, mas permite seu uso em torneios continentais, nacionais e regionais. No Brasil, onde o uso é permitido, dois clubes da Série A, Palmeiras e Botafogo, possuem gramados sintéticos em seus estádios. A NeoQuímica Arena, do Corinthians, utiliza um gramado híbrido, e a Arena MRV, do Atlético-MG, está em processo de implementação de grama sintética