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Justiça Federal libera pulverização aérea de agrotóxico glifosato no Maranhão

Justiça Federal libera pulverização aérea de agrotóxico glifosato no Maranhão
Publicado por Teresa Cristina | Data da Publicação 27/01/2025 09:55 | Comentários: (0)

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Após 11 anos de proibição, a Justiça Federal liberou a pulverização aérea de glifosato no Maranhão. A aplicação foi suspensa em 2013 a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que alegou que o Estado não estava conseguindo fiscalizar o uso descontrolado e irregular da substância.

Herbicida aplicado para matar ervas daninhas, o glifosato é o agrotóxico mais utilizado no país. Países como México e Alemanha proíbem o seu uso devido a riscos ambientais e à saúde humana, como o desenvolvimento de câncer, depressão, Alzheimer e Parkinson. No Brasil, entretanto, a Anvisa (Agência Nacional de Saúde) decidiu mantê-lo no mercado.

Em nova decisão, o juiz federal Paulo César Moy Anaisse considerou que o MPF não conseguiu comprovar irregularidades na prática da pulverização aérea, “limitando-se a alegações que não se traduzem em risco comprovado”.

“Embora o princípio da precaução, que rege o Direito Ambiental, autorize a adoção de medidas preventivas na proteção do meio ambiente, é necessário que o autor apresente ao menos indícios mínimos de materialidade do dano ou de uma ameaça concreta”, afirmou o juiz na sentença.

Para Diogo Cabral, advogado da Fetaema (Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão), a decisão da Justiça Federal é um retrocesso ambiental e sanitário.

“A decisão em sede liminar que proibiu a pulverização aérea de glifosato era uma barreira de proteção à contaminação dos solos e das águas”, afirma Cabral. “Além disso, a proibição da pulverização aérea de glifosato no Maranhão era uma evidente forma de proteção da saúde humana, especialmente das comunidades rurais que, historicamente, são vítimas de pulverização aérea e terrestre de agrotóxicos”, complementa.

De acordo com o advogado, o MPF apresentou diversas evidências que comprovaram o mau uso da substância. Cabral cita como exemplo um levantamento que mostrava a aplicação de 30 litros de glifosato por hectare no Maranhão, contra o limite de até 6 litros por hectare recomendado pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado.

O Maranhão é o estado que mais registrou contaminações por agrotóxicos. Dados obtidos pela Repórter Brasil mostram que 228 comunidades em 35 municípios do estado denunciaram contaminação por pesticidas entre janeiro e outubro de 2024.

Gabriel Colle, diretor-executivo do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola), comemorou a vitória. “Ficou claro que não havia provas da contaminação por glifosato, e também ficou claro que não houve omissão da fiscalização sobre o uso do produto, ou mesmo no licenciamento das lavouras que usam o produto”, destacou Colle. Confira a resposta na íntegra.

O Sindag, que atua como “amicus curiae” no processo, fornecendo informações técnicas, enviou diversas manifestações pedindo a liberação da pulverização de glifosato no Maranhão.

O MPF recorreu da decisão argumentando que houve um erro na análise das provas apresentadas pelo órgão.

*Com informações do Brasil de Fato

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