Torcedora argentina é presa por racismo no Maracanã

Uma torcedora argentina foi presa na noite desta terça-feira (21) suspeita de racismo durante uma partida do clássico Brasil x Argentina, no Maracanã. No decorrer do jogo ainda ocorreram brigas generalizadas e empurra-empurra nas arquibancadas.

A acusação de racismo recaiu sobre a mulher em relação a uma funcionária de uma empresa terceirizada no estádio. Testemunhas afirmaram que a vítima foi insultada com a expressão “pedaço de macaco”. A torcedora foi conduzida ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) do estádio e está programada para prestar depoimento às autoridades brasileiras.

Confusão generalizada

Minutos antes do início do clássico sul-americano, torcedores do Brasil e da Argentina entraram em confronto nas arquibancadas do Maracanã. A contenda teve início durante a execução dos hinos nacionais, no setor ocupado pelos fãs argentinos, situado atrás de um dos gols do estádio. Não havia separação entre as duas torcidas.

Após um pequeno foco de conflito entre torcedores das duas seleções, a situação escalou para confrontos intensos entre policiais e argentinos. Assentos foram arrancados e lançados nas arquibancadas. A ação policial inicialmente demorou a ser implementada, mas posteriormente foi conduzida com vigor.

Após alguns minutos, os jogadores em campo perceberam a problemática. Os argentinos, que se preparavam para a foto oficial, correram em direção às arquibancadas para tentar conter a confusão, assim como Marquinhos, capitão da Seleção. Para escapar da ação policial, os torcedores argentinos se deslocaram para o lado esquerdo, causando pânico em outra parte da torcida brasileira, que inicialmente não estava envolvida no tumulto e ficou comprimida.

O tumulto resultou em alguns torcedores brasileiros pulando o muro e invadindo o campo. Às 21h37, os jogadores argentinos optaram por se dirigir aos vestiários. Solicitaram um intervalo de 15 minutos para acalmar a situação nas arquibancadas e retornaram ao campo exatamente às 21h52.

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