A informação foi confirmada nesta quarta-feira (21) pela filha, a também atriz Carla Daniel, que fez uma homenagem nas redes sociais.
“É com tristeza, mas também alívio, que nos despedimos. Mãe, avó, amiga, que trouxe tantos momentos de alegria ao público brasileiro. Te amo”, escreveu Carla, filha de Dorinha com o diretor Daniel Filho.
Nascida em São Paulo como Dorah Teixeira, Dorinha começou a carreira nos anos 1950 como vedete e humorista na TV Tupi. Na década seguinte, estreou na TV Globo, onde participou de novelas como “Verão Vermelho” (1969), “Irmãos Coragem” (1970), “Selva de Pedra” (1972) e “O Bem Amado” (1973).
Um dos papéis mais marcantes da carreira foi no infantil “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, onde interpretou a vilã Cuca por quatro anos. Após deixar a emissora, em 1980, Dorinha se afastou da televisão e passou a se dedicar às artes plásticas.
A vida pessoal da atriz também teve momentos conturbados. Ela foi casada três vezes, e um dos relacionamentos mais conhecidos foi com o diretor Daniel Filho, com quem se casou em 1961 e teve Carla. O casamento terminou em 1972, e, segundo Dorinha relatou em sua biografia, a separação a levou a enfrentar problemas com o álcool.
Anos depois, Dorinha se envolveu em um episódio trágico. Em 1980, matou o então companheiro, o produtor publicitário Paulo Sérgio Garcia Alcântara, com três tiros, durante uma discussão na casa onde viviam, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Na época, alegou legítima defesa.
Levada a júri popular, foi inicialmente condenada a 18 anos de prisão, mas, após recursos e anulação do julgamento, a pena foi reduzida para seis anos. Ela cumpriu oito meses em regime fechado, obtendo posteriormente direito ao semiaberto para concluir a pena.
Dorinha Duval deixa um legado de personagens marcantes e uma trajetória de vida intensa, que ficou registrada na memória da televisão brasileira.