O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou, na manhã desta terça-feira (27), mais uma audiência de instrução no âmbito da Ação Penal (AP) 2668, que investiga uma tentativa de golpe de Estado para interromper o funcionamento dos Poderes e derrubar o governo eleito em 2022.
A sessão, conduzida pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, foi realizada por videoconferência e contou com o depoimento de cinco testemunhas indicadas pela defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro. Foram ouvidos Braulio do Carmo Vieira, Luiz Flávio Zampronha, Djairlon Henrique Moura, Caio Rodrigo Pelim e Saulo Moura da Cunha.
Duas outras testemunhas tiveram situações distintas: Alberto Machado foi dispensado, enquanto George Estefani de Souza não compareceu e terá sua oitiva remarcada.
Anderson Torres é um dos acusados classificados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrante do chamado “Núcleo Crucial”, grupo apontado como responsável pela articulação de um plano para abolir o Estado Democrático de Direito e romper a ordem institucional, na tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022.
Além de Torres, são réus na mesma ação penal o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier dos Santos; o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Braga Netto.
Todos respondem por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
As audiências de instrução seguem até o dia 2 de junho, conforme o cronograma definido pelo STF.