O Maranhão aparece como líder no mercado de cigarros ilícitos no Nordeste, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), encomendada pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). O levantamento aponta que 70% dos cigarros vendidos no estado são contrabandeados, movimentando cerca de R$ 356 milhões em 2024.
A atividade ilegal impacta diretamente a arrecadação estadual: estima-se que o Maranhão deixou de recolher R$ 111 milhões em impostos apenas este ano. O estudo também chama atenção para o papel do comércio clandestino no financiamento de redes criminosa.
O problema se estende por todo o Nordeste, que se consolidou como o principal centro de pirataria de cigarros do Brasil. Piauí e Rio Grande do Norte aparecem logo atrás do Maranhão, ambos com 68% do mercado dominado por produtos ilegais.
Além de marcas genéricas, as perdas relacionadas à pirataria, contrabando e falsificação somaram R$ 468 bilhões em 2024 – o maior prejuízo da década. Entre os setores mais afetados estão vestiário (R$ 87 bilhões), bebidas alcóolicas (R$ 85,2 bilhões), combustíveis (R$ 29 bilhões) e cosméticos (R$ 21 milhões), além do próprio mercado de cigarros.