Thiago Ávila, de 38 anos, deverá ser deportado de Israel até esta quinta-feira (12), segundo decisão tomada por um tribunal israelense. Ele foi detido junto a outros integrantes da Flotilha da Liberdade, que navegavam em águas internacionais com destino à Faixa de Gaza em protesto contra o bloqueio imposto ao território palestino.
A detenção do grupo gerou reação no Brasil. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) classificou o episódio como um possível crime de guerra. Em resposta à sua prisão, Thiago iniciou uma greve de fome na noite de terça-feira (10), em protesto contra o que chama de sequestro por parte das autoridades israelenses.
A família do ativista, que é do Distrito Federal, confirmou a decisão de deportação com base nas informações repassadas pela equipe jurídica da organização Adalah, que atua em defesa dos direitos humanos em Israel. Até o momento, os familiares não conseguiram contato direto com Thiago.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nota oficial na qual condena a abordagem da embarcação em águas internacionais, classificando o ato como uma afronta ao direito internacional. O governo brasileiro também exige que Israel assegure a integridade física e psicológica de Thiago, além de sua imediata libertação.