Estudantes brasileiros interessados em cursar o ensino superior fora do país podem usar o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como porta de entrada para instituições estrangeiras. Atualmente, países como Portugal, Reino Unido, Holanda, Estados Unidos e Canadá mantêm acordos com universidades que aceitam a nota do exame em seus processos seletivos.
Desde 2014, por exemplo, a Universidade de Coimbra, em Portugal — uma das mais antigas do mundo, fundada em 1290 pelo rei Dinis I — aceita a pontuação do Enem como critério de ingresso. Além dela, outras 23 instituições portuguesas, entre universidades, institutos politécnicos e escolas superiores, têm convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o que permite a utilização do exame brasileiro como parte da seleção.
Segundo o Inep, cerca de 80% dos alunos do ensino superior em Portugal estão matriculados em instituições públicas, que, embora gratuitas em sua essência, cobram taxas de coparticipação nos custos acadêmicos.
Fora da Europa, universidades de países como o Reino Unido e a Holanda também aceitam o Enem. A Birkbeck, da Universidade de Londres, no Reino Unido, está entre as que reconhecem a nota — embora também exijam exame de proficiência em inglês. O mesmo ocorre com a Universiteit Leiden, na Holanda, uma das mais respeitadas do país.
Nos Estados Unidos, a renomada Universidade de Nova York (NYU) considera o Enem como parte da avaliação de candidatos brasileiros, desde que acompanhado por um exame de proficiência em língua inglesa. No Canadá, a Universidade de Toronto, a maior do país, também integra a lista de instituições que aceitam o exame nacional.
Apesar das oportunidades, os candidatos devem estar atentos aos editais das universidades, já que os critérios e a adesão ao Enem podem variar de acordo com o semestre ou o ano letivo.