A Câmara Municipal de São Luís retomou suas atividades legislativas nesta segunda-feira (4), com três temas centrais previstos para dominar o segundo semestre: a proposta de lei de zoneamento urbano, o estudo sobre o passe livre estudantil e a articulação para a eleição da nova presidência da Casa.
A lei de zoneamento ainda está em estágio inicial e não chegou à Câmara para análise. O envio da proposta depende do prefeito Eduardo Braide (PSD), responsável por encaminhar o texto ao Legislativo. Apesar da pressão de setores sociais e urbanísticos pela regulamentação do tema, o debate permanece distante dos vereadores até o momento.
Por outro lado, a discussão sobre o passe livre estudantil já teve avanços. Uma comissão especial foi formada para conduzir estudos de viabilidade e apresentar alternativas para a implementação do benefício. A efetivação da proposta exigirá não apenas dados técnicos, mas também um alinhamento político entre o Legislativo e o Executivo.
A relação entre o prefeito e os vereadores, porém, é marcada por distanciamento. Mesmo com trajetória parlamentar, Braide tem evitado interlocução direta com a Câmara, o que dificulta avanços em pautas que demandam cooperação entre os dois poderes.
Esse afastamento, segundo parlamentares ouvidos nos bastidores, ao menos garante autonomia nas disputas internas da Casa. Nas últimas eleições para a presidência da Câmara, Braide não interferiu diretamente, e a expectativa é de que esse padrão se mantenha.
A corrida pelo comando do Legislativo municipal deve ganhar força nas próximas semanas, com os vereadores Marquinhos Silva (União) e Beto Castro (Avante) se movimentando para conquistar apoio. Embora haja movimentação antecipada, a eleição da mesa diretora está prevista apenas para abril de 2026, conforme calendário mantido há mais de uma década.
Enquanto isso, o cenário político interno deverá pautar as articulações e os debates em plenário neste segundo semestre.