O mercado de trabalho brasileiro registrou um saldo positivo de 1,22 milhão de empregos formais entre janeiro e junho de 2025, segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Do total de vagas com carteira assinada, 977 mil foram preenchidas por pessoas inscritas no CadÚnico, que concentra famílias em situação de vulnerabilidade social. Isso representa 80% de toda a criação de postos no período.
O dado destaca o efeito de políticas públicas voltadas à inclusão de populações de baixa renda no mercado de trabalho formal. Entre os contratados do CadÚnico, a participação feminina se destacou: mulheres responderam por 52,9% do saldo de empregos, com 2,73 milhões de admissões — o equivalente a 55,5% do total. Homens ficaram com 47,1% do saldo e 2,19 milhões de contratações, ou 44,5% das admissões.
No recorte dos beneficiários do Bolsa Família — um dos principais programas sociais ligados ao CadÚnico — o protagonismo feminino foi ainda mais evidente: elas representaram 59,7% das admissões e 55,5% do saldo de vagas no semestre.
Em relação à distribuição regional, cinco estados lideraram a geração de empregos formais para inscritos no CadÚnico: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná. Juntos, responderam por 553,8 mil novos postos — ou 56,6% do total nacional. No caso dos beneficiários do Bolsa Família, esses mesmos estados concentraram 391,6 mil vagas, com destaque para São Paulo, responsável por 247,5 mil contratações de inscritos no CadÚnico, sendo 167,5 mil deles beneficiários do programa.
O registro no CadÚnico pode ser feito presencialmente em unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou em pontos de atendimento específicos. Há também a opção de iniciar o processo por meio do aplicativo oficial do CadÚnico, com um pré-cadastro online que precisa ser confirmado presencialmente em até 120 dias.