A partir de 1º de setembro, os planos de saúde privados deverão oferecer cobertura para o implante contraceptivo hormonal Implanon, destinado à prevenção da gravidez indesejada em pessoas de 18 a 49 anos. A medida foi determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e amplia o acesso ao método contraceptivo.
O Implanon já tinha cobertura obrigatória desde janeiro deste ano, mas apenas em situações específicas, como para pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, trabalhadoras do sexo ou usuárias de medicamentos que oferecem risco de má formação fetal. Com a atualização das regras, a obrigatoriedade passa a abranger todas as pessoas na faixa etária indicada.
As operadoras deverão garantir a oferta do procedimento dentro dos prazos estabelecidos, assegurando estrutura médica, hospitalar e laboratorial adequada para a aplicação. A negativa de cobertura será considerada irregular.
No início de julho, o método também passou a ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Pela legislação brasileira, sempre que uma tecnologia é incorporada ao sistema público, os planos de saúde têm até 60 dias para disponibilizá-la.
O implante tem duração de até três anos e é considerado um dos métodos mais eficazes para evitar gravidez não planejada. Ele faz parte da categoria de contraceptivos reversíveis de longa duração (LARC), ao lado do DIU de cobre e do DIU hormonal.
Até 2026, o Ministério da Saúde prevê a distribuição de 1,8 milhão de implantes pelo SUS, com investimento aproximado de R$ 245 milhões. Atualmente, o custo do dispositivo varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada.
O Implanon não deve ser confundido com implantes hormonais utilizados para fins estéticos, conhecidos como “chips da beleza”, proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).