“Participar da Feira Preta foi uma experiência única. Assim que entrei, me encantei com as roupas coloridas e estampas africanas”, disse a visitante Ana Lúcia. Ela comprou um vestido e chegou à conclusão de que “mais do que um evento, foi uma verdadeira celebração da nossa identidade”. E os relatos se multiplicaram, no período de 19 a 21 de dezembro, no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama), vinculado à Secretaria de Estado do Turismo (Setur-MA).
O local foi cenário de mais uma edição da Feira Preta, um evento já consolidado como símbolo de valorização da cultura afro-brasileira. Com uma programação diversa que incluiu gastronomia, moda, artesanato, música e dança, o espaço reuniu empreendedores e visitantes em um ambiente que celebrou a diversidade e a ancestralidade.
A participante Neide Baldez, afro-empreendedora de São Luís, destacou a importância da Feira Preta para a valorização da cultura local. “Trouxe peças que comercializo e trazem ancestralidade quando se transformam em turbantes, colares, brincos, pulseiras dentre outros acessórios. Além das vendas, foi uma oportunidade para contar histórias e compartilhar o significado por trás de cada obra. A energia do evento foi contagiante”, frisou.
Jorge Beckman, diretor do Ceprama, também ressaltou o impacto positivo da programação. “O Ceprama teve a honra de receber mais uma edição da Feira Preta, que reforça nosso compromisso com a valorização da cultura e da diversidade. Abrigar iniciativas como essa é parte da nossa missão de ser um espaço vivo, onde tradições e empreendedorismo se encontram para fortalecer a identidade cultural do nosso estado”, disse.
A programação foi marcada por apresentações culturais, como rodas de samba, danças tradicionais, bandas locais e espaços dedicados à gastronomia afro-brasileira. Além disso, expositores negros de diversos segmentos apresentaram produtos e serviços, reafirmando o protagonismo de empreendedores que têm fortalecido comunidades e ampliado o acesso à cultura.
A organizadora da Feira Preta, Ana Rosa, celebrou a realização de mais uma edição. “O evento vai muito além de um espaço comercial, é um lugar de fortalecimento e resistência. Aqui, celebramos nossas raízes, compartilhamos nossas histórias e reafirmamos o protagonismo da cultura afro-brasileira. Ver o Ceprama repleto de pessoas que reconhecem e valorizam essa riqueza cultural é a maior recompensa pelo nosso trabalho,” afirmou.
“A pluralidade cultural do Maranhão por si só já é um atrativo turístico. Ver o Ceprama colorido e gerando renda para as famílias, através do empreendedorismo, faz parte da missão desta Casa, e só agrega ao artesanato que já é comercializado continuamente”, explicou a secretária de Estado do Turismo, Socorro Araújo.