A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,43% em abril, registrando desaceleração em comparação a março (0,56%). Apesar do ritmo mais moderado, alimentos e gastos com saúde continuam sendo os principais vilões da alta de preços. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os maiores impactos no mês vieram dos grupos Alimentação e bebidas, que subiu 0,82%, e Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,18%. Juntos, eles responderam por quase 80% da inflação do mês, contribuindo com 0,34 ponto percentual para o índice geral.
No setor de alimentos, os maiores aumentos foram registrados na batata-inglesa (18,29%), tomate (14,32%) e café moído (4,48%). Também houve alta no lanche fora de casa (1,38%). Em contrapartida, o arroz teve queda de 4,19%.
Mesmo com a desaceleração em abril, o IPCA acumulado em 12 meses continua acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. O desempenho dos preços dos alimentos e de itens com valores regulados será crucial para definir os próximos passos do Banco Central em relação à taxa básica de juros.