A  Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, deverá aumentar 1 ponto percentual nesta quarta-feira (19), passando de 13,25% ao ano para 14,25% ao ano, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Este aumento é uma resposta às expectativas de inflação acima da meta para 2025, que está projetada em 4,83%, superando o limite de 4,5% fixado para o índice.

A Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação no país e influencia diretamente o custo do crédito, como financiamentos e empréstimos, além do rendimento de aplicações financeiras atreladas à taxa básica de juros. A expectativa é que a Selic encerre o ano em 15%, conforme projeções do mercado e do Relatório Focus do Banco Central.

A situação atual difere daquela enfrentada em 2015 e 2016, quando a economia brasileira estava em recessão e a inflação era alta. Naquela época, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016, enquanto o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,7% em 2015. Em contraste, o Produto Interno Bruto  brasileiro tem crescido desde 2021, com alta de 3,2% em 2023 e 3,4% em 2024. A inflação de 2023 foi de 4,62%, dentro da meta de até 4,75% definida para o ano.

Para 2025, a projeção é de que a economia brasileira tenha uma expansão de 2,02%, acima da projeção anterior de 2,01%, enquanto para 2026 a previsão de crescimento é de 1,80%. O mercado de trabalho aquecido e o impacto do câmbio sobre os preços também influenciam as decisões do Banco Central, que avalia esses fatores para definir a taxa Selic.