A colheita da soja, que já está em andamento, pode ser afetada pela redução das chuvas e pela queda das temperaturas. No Mato Grosso, a colheita da soja está mais lenta do que o esperado, o que pode atrasar o plantio da segunda safra de milho, conhecida como “safrinha” . A colheita da soja geralmente começa em setembro e se estende até meados de novembro, mas atrasos podem ocorrer devido a condições climáticas adversas.
O plantio da segunda safra de milho, que depende da colheita da soja, pode ser comprometido pela menor disponibilidade de água e pelas temperaturas mais baixas. Quanto mais cedo o milho for plantado, melhor, pois ao final do ciclo a lavoura fica mais sujeita a períodos de seca à medida que o inverno se aproxima. Atualmente, a semeadura do milho está restrita a alguns talhões irrigados em Mato Grosso e Goiás.
Apesar dos desafios climáticos, a expectativa é de que a safra de milho seja recorde. A produção brasileira de soja na safra 2024/25 foi estimada em 171,5 milhões de toneladas, um recorde, mas essa estimativa está em revisão devido a condições climáticas variáveis. A Conab também prevê uma produção de 166,33 milhões de toneladas de soja, com um desempenho médio de 3.509 quilos por hectare.
As condições climáticas têm sido favoráveis para a germinação e o desenvolvimento das culturas de verão, com chuvas bem distribuídas e períodos de sol. No Paraná, pelo menos 74% dos 5,8 milhões de hectares previstos para a soja na safra 2024/25 já estão semeados, e o plantio de primeira safra de milho está praticamente encerrado, cobrindo 97% dos 259 mil hectares.
Embora o outono traga desafios, as condições gerais são favoráveis para a continuidade da colheita da soja e o plantio da segunda safra de milho. Os produtores estão atentos às condições climáticas e ajustando suas estratégias para minimizar os impactos negativos e garantir uma safra produtiva.