Hugo Motta (Republicanos-PB), respondeu às crescentes cobranças da oposição sobre a pauta do projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Parlamentares bolsonaristas têm acusado Motta de omissão e de agir por interesse próprio, evitando um confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo julgamento dos envolvidos nos ataques.
Em uma nota breve, Motta afirmou que, em uma democracia, “ninguém tem o direito de decidir nada sozinho”. Ele destacou que a iniciativa de pautar qualquer projeto na Câmara passa pelo Colégio de Líderes, reforçando a importância do diálogo e da responsabilidade no cargo.
“Democracia é discutir com o Colégio de Líderes as pautas que devem avançar. Em uma democracia, ninguém tem o direito de decidir nada sozinho. É preciso também ter responsabilidade com o cargo que ocupamos, pensando no que cada pauta significa para as instituições e para toda a população brasileira”, enfatizou Motta.
Apesar do Partido Liberal (PL) ter apresentado um requerimento de urgência para a proposta de anistia, a decisão final sobre pautar ou não o projeto ainda cabe ao presidente da Câmara.
Para os especialistas que acompanham de perto o assunto, a declaração de Motta reforça a necessidade de um debate amplo e responsável sobre temas sensíveis, como a anistia aos golpistas, que têm implicações significativas para as instituições democráticas e para a sociedade brasileira.