No atual cenário econômico brasileiro, as disparidades salariais entre homens e mulheres continuam sendo uma questão relevante. Entretanto, o Maranhão está se destacando por uma tendência positiva em igualar as remunerações. É o que apontam dados divulgados pelo IBGE, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC/T), relacionada ao 4º trimestre de 2023.
O Maranhão emergiu com uma das menores diferenças salariais entre os gêneros, marcando uma mudança significativa em relação ao ano anterior. Em 2022, o estado ocupava a 6ª posição no ranking nacional, com uma disparidade de 10,16% entre os rendimentos médios mensais de homens e mulheres. Contudo, em 2023, essa diferença diminuiu para 9,54%, colocando o Maranhão como o 4º estado com menor disparidade salarial no país.
No âmbito do Nordeste, o Maranhão, que ocupou a mesma quarta menor disparidade, agora é apresentado como a segunda menor diferença salarial da região, ficando atrás apenas de Sergipe, que possui 6,97% de desigualdade salarial.
Uma análise mais detalhada revela que essa melhoria não foi apenas uma tendência isolada. Em 2023, enquanto em 19 estados brasileiros o rendimento médio mensal masculino teve um crescimento, o aumento do feminino conseguiu alta em 22 estados.
No Maranhão, ambos os gêneros experimentaram um aumento. Os homens viram seu rendimento médio mensal subir em 0,67%, enquanto as mulheres tiveram um aumento maior, de 1,36%. Essa mudança não apenas equilibra as médias salariais entre homens e mulheres, mas também impulsiona a economia local, contribuindo para uma distribuição mais equitativa da renda.
No 4º trimestre de 2022, no Maranhão, os homens tinham uma média salarial de R$ 1.801, enquanto as mulheres recebiam, em média, R$ 1.618, uma diferença de 10,16%. Já em 2023, os homens registraram uma média de R$ 1.813, enquanto as mulheres alcançaram uma média de R$ 1.640, reduzindo a diferença salarial para -9,54%.
Para o secretário de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setres), Luiz Henrique Lula, a menor diferença salarial no Maranhão entre homens e mulheres, tem relação com a alta capacidade da mulher maranhense e com as políticas públicas estaduais implementadas para o fortalecimento e o empoderamento feminino. Luiz Henrique destaca a paridade desde a secretaria na qual é titular.
“Isso reflete todas as políticas públicas que têm sido desenvolvidas pelo Governo do Maranhão, por meio da Setres. O Maranhão tem uma média de empregabilidade de 40% no mercado de trabalho, no que diz respeito ao gênero feminino. Nós temos, portanto, quase uma paridade a cada emprego gerado entre homens e mulheres. Inclusive, na Setres, metade dos postos de comando são ocupados por mulheres”, pontuou Luiz Henrique Lula.
A secretária de Estado da Mulher (Semu), Abigail Cunha, comemorou os novos dados do IBGE, falou da necessidade da luta contínua pelo cumprimento da igualdade de direitos, e anunciou parceria junto à Secretaria de Estado da Administração (Sead).
“É algo para ser realmente celebrado. Todavia, no Brasil, nós ainda precisamos trabalhar profundamente esta questão. O nosso estado também sai à frente, assinando um Termo de Cooperação Técnica entre as secretarias de Estado da Mulher (Semu) e Administração (Sead), para que haja, nos processos licitatórios, uma cota destinada às mulheres vítimas de violência”, comunicou a titular da Semu.