Saúde discute prevenção do sífilis e do HIV

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), está intensificando o combate à sífilis e a sífilis congênita, por meio do fortalecimento das parcerias com os municípios. Nesta terça-feira (17), no segundo workshop “Prevenção da transmissão vertical do HIV e sífilis no seu município” realizado no Palácio Henrique de La Rocque, foi lançada a campanha com o tema “Previna-se: faça o teste e o pré-natal”. O evento contou com a presença de gestores regionais, municipais e coordenadores de comissão inter gestora regional.

A secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Fernanda Campos lembrou que o Ministério da Saúde desenvolve a estratégia com a certificação da eliminação da Transmissão Vertical (TV) da sífilis e ou do HIV para fortalecer a gestão e a rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS) e que o Maranhão vai trabalhar incansavelmente nesta luta.

“Precisamos repensar as estratégias e recalcular as rotas para quebrar a cadeia de transmissão de eliminar os agravos. Temos os insumos, tratamento e os números estão aumentando. Neste processo, o trabalho da atenção primária de saúde é fundamental para que o usuário do SUS possa chegar na unidade de saúde com a certeza que será acolhido, protegido pelo profissional, tenha seus dados preservados e um tratamento resolutivo”, destacou Deborah Fernanda Campos.

Em 2022, foram notificados em todo o estado 1.788 casos de sífilis em gestantes no Sinan e este ano somam 1.338 casos. Em relação a sífilis congênita foram notificados 557 casos em 2022 e 407 em 2023.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Quando não tratada, causa graves prejuízos à saúde. Pode se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, causa a falsa impressão de cura da doença. Assim como no caso de outras doenças transmissíveis, o preservativo é uma forma eficaz de evitar a doença. O tratamento o é realizado à base de antibióticos e pode durar de um a dois anos.

O superintendente da atenção primária em saúde da SES, William Ferreira, chamou a atenção para promoção do cuidado e do fortalecimento do diagnóstico precoce. “Os nossos usuários estão na atenção primária e precisamos de uma maior atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis e às parcerias sexuais, no momento adequado e oportuno, para que sejam tratadas e quebrar a cadeia de transmissão dessas infecções”, justificou.

O diagnóstico precoce (com o uso de testes rápidos) e a atenção adequada no pré-natal reduzem a transmissão vertical. A presença de IST na gestação pode afetar a criança e causar complicações, como aborto, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém-nascido.

A chefe do departamento de Atenção às IST/Aids e hepatites virais da SES, Jocélia Frazão, disse que as ações são pensadas no sentido de fortalecer os municípios, onde efetivamente as políticas públicas são desenvolvidas.

Estavam presentes o médico infectologista e consultor da OPAS e da coordenação do IST do MS, Luiz Fernando Alves, a representante da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Silvia Viana, e o representante do Fórum Estadual da Aids, Fernando Cardoso.

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